6/08/2004

PANAMÁ DA EXISTÊNCIA: Agora que se aproxima o campeonato de futebol, lembro-me da resposta de um escritor brasileiro quando lhe perguntaram que selecção ele apoiava: a selecção do Panamá da existência. [P.L.]

6/04/2004

LYA LUFT: «Não existe isso de homem escrever com vigor e mulher escrever com fragilidade. Puta que pariu, não é assim. Isso não existe. É um erro pensar assim. Eu sou uma mulher. Faço tudo de mulher, como mulher. Mas não sou uma mulher que necessita de ajuda de um homem. Não necessito de proteção de homem nenhum. Essas mulheres frageizinhas, que fazem esse gênero, querem mesmo é explorar seus maridos. Isso entra também na questão literária. Não existe isso de homens com escrita vigorosa, enquanto as mulheres se perdem na doçura. Eu fico puta da vida com isso. Eu quero escrever com o vigor de uma mulher. Não me interessa escrever como homem.»

A Veja tinha Diogo Mainardi e Roberto Pompeu de Toledo. A partir desta semana, a revista reforçou-se com os textos da escritora brasileira Lya Luft. Não creio ter ouvido alguma vez uma mulher dizer tão bem um palavrão. [P.L.]

6/03/2004

PRESUNTO PERDIDO: Espreito a Lusa. Espreito patrioticamente. E fico a saber que um homem, algures no Porto, defenestrou um talho e roubou um presunto. Um polícia apanhou-o. O homem e o presunto fugiam mas o polícia, avisadamente, conseguiu interceptar a fuga. Sucesso parcial: o homem foi capturado, o presunto continua à solta. Parece que foi visto uma última vez num baldio. Parece que, no momento da captura, o homem arremessou o presunto para o descampado. Se não seria dele, não seria de mais ninguém. O presunto continua perdido. [P.L.]

6/02/2004

EM FALTA: Tens o tema, até mais do que um, e também o plano e a antítese. Falta-te a tese. [P.L.]

6/01/2004

PASSADO PRESENTE: Invejo todos aqueles que nunca mudaram de século. Nós dizemos «o século passado» mas o século passado é mais nosso do que o século presente. [P.L.]